Estudante agredido por PM, apresenta melhora e não corre risco de morte

Mateus apresenta melhora de saúde (Imagem: Facebook)

Mateus apresenta melhora de saúde
(Imagem: Facebook)

O estudante Mateus Ferreira da Silva (33), que foi atingido violentamente com um cassetete por um policial no dia 28, em Goiânia (GO), apresentou melhora no quadro clínico e não corre risco de morrer. Apesar de ainda sedado, os médicos iniciaram o processo de retirada da ventilação mecânica, o que fará com que ele deixe de respirar com a ajuda de aparelhos. O quadro do paciente ainda é grave, porém estável.
As informações foram repassadas no início da tarde de hoje, pelo Hospital de Urgências de Goiânia. De acordo com a instituição, os resultados dos exames de sangues feitos hoje, estão normais, assim como a pressão. Até o momento, não está programada sessão de hemodiálise.
Também hoje, a sedação foi suspensa para avaliação neurológica. O estudante continua internado em uma Unidade de Terapia Intensiva do hospital, mas nenhum novo procedimento cirúrgico foi indicado.
O caso
Graduando em Ciências Sociais na Universidade Federal de Goiás, Mateus participava da greve geral de sexta-feira (28) contra as reformas trabalhista e previdenciária, quando levou um golpe na testa, aplicado pelo capitão da Polícia Militar, Augusto Sampaio de Oliveira Neto, com tal força que chegou a quebrar o cassetete. Devido à agressão, Mateus teve traumatismo cranioencefálico, múltiplas fraturas no rosto e passou por cirurgia de reconstrução da face, que durou quatro horas.
Afastamento

Capitão já tem outras ocorrências por agressão
(Imagem: G1/O Globo)

Afastado das ruas após a agressão ao estudante, o capitão PM Augusto Sampaio de Oliveira Neto – que é subcomandante da 37ª Companhia Independente da PM – está na corporação há 12 anos e acumula, na ficha funcional, 34 elogios. Ainda segundo as anotações, ele nunca recebeu uma punição, mas já se envolveu em pelo menos quatro ocorrências de agressão, inclusive contra menores em situação de rua.
Os casos ocorreram entre 2008 e 2010.
O comandante geral da Polícia Militar de Goiás, coronel PM Divino Alves de Oliveira, explicou que Sampaio ficará exercendo apenas atividades administrativas, enquanto o Inquérito Policial Militar (IPM) – instaurado ainda na sexta-feira para investigar a conduta dele – tem 30 dias para ser concluído.
Em nota, a corporação explicou que instaurou o procedimento na última sexta-feira “diante das imagens que circulam em redes sociais, quando da intervenção policial militar, que mostram a clara agressão sofrida” pelo estudante.
A investigação, segundo o coronel PM, “tem o objetivo de individualizar condutas e apurar responsabilidades. Houve excesso, não há como fugir a esta situação, houve o excesso na ação praticada por esse policial militar e, em decorrência disso, o comando da instituição instaurou o inquérito policial militar que irá apurar as responsabilidade”, pontuou o comandante da PM goiana.
Da redação com Agência Brasil

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