Famílias disputam osso de boi e pele de frango em Maceió

Esfomeadas, famílias recorrem às doações (Carlos Madero)

Esfomeadas, famílias disputam as doações
(Carlos Madero)

Pessoas cadastradas pela ONG Instituto Amigos da Periferia, em Maceió (AL), recebem semanalmente doações de ossos de boi e peles de frango, vindas de açougues do mercado público da capital alagoana. A ONG tem 22 voluntários e atende cerca de 350 famílias do bairro do Benedito Bentes. De acordo com a coluna de Carlos Madeiro, na última quinta-feira (7), por exemplo, cerca de 50 quilos de ossadas e pele foram doados em pouco mais de meia hora.
Glaydiane Ferreira, 35 anos, reforçou que está “tudo mais difícil”. “Com esse governo, a gente tem de comer osso e pele doado ou passa fome mesmo. No passado, a gente comia carne, mas hoje não tem como comprar, com os preços em que estão”, afirmou.
Não são apenas os alagoanos que disputam ossos no Brasil. Uma cena registrada em Cuiabá (MT) no ano passado, quando pessoas fizeram filas para receber doações de ossos de boi em um açougue.
Em abril deste ano, Jair Bolsonaro (PL) foi desfilar de carro aberto e foi alvo de protesto especialmente por conta da fome no País. Dois manifestantes seguraram uma faixa na qual estava escrito: “Cuiabá: capital do ossinho. Fora Bolsonaro!”.
Segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a insegurança alimentar grave atingiu 15,4 milhões de brasileiros (7,3% da população) entre 2019 e 2021.
Fonte: Brasil 247

 

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