Janot recorre para que o STF decrete a prisão de Aécio e Rocha Loures

Janot quer Aécio preso (Exame-Abril.com)

Janot quer Aécio preso
(Exame-Abril.com)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recorreu da decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que negou a prisão preventiva do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Janot pede que o ministro reconsidere a decisão ou leve com urgência o caso para o plenário, com intuito de que os 11 ministros da Corte analisem a possibilidade de prisão dos parlamentares. Os dois já foram afastados do mandato por Fachin na última quinta-feira, 18, quando foi deflagrada a Operação Patmos, com base nas revelações de empresários do grupo J&F em delação premiada.
Imprescindível
Segundo Janot, a prisão preventiva é “imprescindível” para garantia da ordem pública e instrução criminal, diante de fatos gravíssimos que teriam sido cometidos pelos parlamentares. Aécio e Rocha Loures foram gravados por Joesley Batista em negociação de pagamento de propina pelo empresário. Depois, ambos foram alvo de ações controladas pela PGR. Um interlocutor de Aécio e o próprio Rocha Loures, aparecem nas filmagens recebendo dinheiro em espécie.
Ao pedir a prisão dos parlamentares a Fachin, Janot apontou que a situação era “excepcional”: “No tocante às situações expostas neste recurso, a solução não há de ser diversa: a excepcionalidade dos fatos impõe medidas também excepcionais”.
Uso espúrio
Devido à influência e poder dos dois parlamentares, Rodrigo Janot considera que a liberdade dos dois pode gerar “uso espúrio do poder política” e “manter encontros indevidos em lugares inadequados”.
O Supremo já prendeu um congressista no exercício do mandato, em decisão unânime da 2ª Turma do Tribunal  que decretou prisão do senador cassado Delcídio Amaral.
Com Estadão

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