Joaquim Barbosa avalia candidatura a Presidente

Ex-ministro avalia candidatura

Ex-ministro avalia candidatura

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa admitiu ontem a possibilidade de se candidatar à Presidência da República, após solenidade no Supremo, quando foi afixado o retrato dele na galeria de ex-presidentes da Corte.
Conversas
O ex-ministro adiantou que está avaliando o assunto e que não ignora as pesquisas eleitorais, tendo já conversado, inclusive com  Marina Silva (Rede) e o PSB, mas não saber “se decidiria dar este passo”.
“Eu sou um cidadão brasileiro, um cidadão pleno, há três anos livre das amarras de cargos públicos, mas sou um observador atento da vida brasileira. Portanto, a decisão de se candidatar, de me candidatar ou não, está na minha esfera de deliberação. Só que eu sou muito hesitante em relação a isso. Não sei se decidirei positivamente neste sentido”, disse ele.
Barbosa admitiu ter conversado com dois ou três líderes de partidos políticos, mas nada de concreto em termos de oferta de legenda para candidatura.
Eleição direta
Barbosa afirmou que “a falta de liderança política e de pessoas com desapego, pessoas realmente vinculadas ao interesse público, faz que o País vá se desintegrando”. Nesse contexto, Barbosa defendeu eleição direta em caso de vacância da Presidência da República. “Veja bem, a Constituição brasileira prevê eleição indireta. Mas eu não vejo tabu de modificar Constituição em situação emergencial como esta, para se dar a palavra ao povo. Em democracia, isso é que é feito. Eu acho que o momento é muito grave. Caso ocorra a vacância da Presidência da República, a decisão correta é essa: convocar o povo”, ressaltou o ex-ministro.
Ao finalizar, Joaquim Barbosa afirmou que deveria ter havido eleição direta, após o impeachment de Dilma Rousseff. “Deveria ter sido tomada essa decisão há mais de um ano. Mas os interesses partidários e o jogo econômico são muito fortes e não permitem que essa decisão seja tomada. Ou seja, quem tomou o Poder, não quer largar. Os interesses maiores do País são deixados em segundo plano”.
Com Estadão

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

f