Juíza homologa extinção de recuperação judicial do Grupo Bezerra

Ação foi extinta ontem (Arquivo/MídiaNews)

Extinção da ação judicial foi homologada ontem
(Arquivo/MídiaNews)

Ontem, foi homologado pela juíza Anglizey Solivan de Oliveira, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, um pedido de desistência da defesa do Grupo Bezerra, que extinguiu a ação de recuperação judicial movida contra o Grupo Bezerra, que é comandado pelo ex-deputado federal Carlos Bezerra (MDB) e pela esposa Teté, que é titular da Secretaria de Agricultura Familiar do Estado de Mato Grosso.
O Grupo Bezerra estava sob recuperação judicial desde março deste ano, por dívidas que somam R$ 39,5 milhões.
No mês passado, porém, informou à Justiça que havia realizado um acordo extrajudicial com parte dos credores, no total de R$ 14,8 milhões. Desta forma, pediu desistência da ação de recuperação.
O maior credor do grupo, no entanto, o engenheiro Pedro Luiz Araújo Filho, que tem R$ 17 milhões a receber, não aparece no acordo e trava uma briga judicial há anos com o casal, para ter o débito quitado.
O débito com o engenheiro foi contraído em forma de empréstimo pelo casal para custear a campanha eleitoral de 2010, ocasião em que Bezerra e Teté foram eleitos para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa, respectivamente.
Quase todos os credores
Na decisão, a magistrada afirmou, porém, que o acordo equivale a 94,97% dos credores, atendendo a Lei 11.101/05, que regulamenta a recuperação judicial.
“Verifico, ainda, que o Termo de cada um dos credores que aderiram foi devidamente assinado, bem como a eles foram anexados os documentos pessoais e/ou constitutivos, cuja conferência foi realizada pelo administrador judicial que certificou das regularidades dos mesmos”, citou a magistrada na decisão.
“Com efeito, preenchidos os requisitos legais e formais, devidamente atestados pela administração, deve ser acolhido o pedido para desistência da recuperação judicial”, decidiu.
Crise financeira
O Grupo Bezerra alegou que a crise financeira é resultado da recessão econômica, das mudanças climáticas e da pandemia da Covid-19.
E sustentou que vem tentando de todas as formas se estabilizar, reduzir custos, despesas, porém, mesmo assim, o lucro não seria suficiente para manter os resultados, não restando outra alternativa senão a recuperação judicial, já que é única forma encontrada de repactuar as suas dívidas.
Da Redação com Mídia News

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