Mais empresas poderão ser fechadas e multadas

Em entrevista coletiva na manhã de hoje (07), sobre a situação geral do coronavírus em Rondonópolis – que já se encontra na fase de disseminação comunitária da doença -, a secretária de Saúde, Izalba Albuquerque, foi taxativa ao afirmar que as empresas que não cumprirem com as normas de segurança em saúde em relação a funcionários (uso de máscaras e luvas, além da desinfecção constante de balcões, freezers e outros) e a clientes (disponibilidade de álcool em gel), estabelecidas pelo Comitê Gestor de Crise e asseguradas por decreto municipal, poderão vir a ser fechadas, pela Vigilância Sanitária.
Multas
Outra possibilidade é a de que os estabelecimentos também poderão ser multados monetariamente, bem como as entidades ou pessoas que insistirem em promover aglomerações diversas (festas de casamento,  batizado, aniversário, etc…), frequentarem espaços de lazer – tanto ao ar-livre quanto em ambientes fechados e também aquelas que estejam sob suspeita de contaminação e não estão cumprindo a quarentena de 14 dias em suas casas.
Diante da constatação da não observância das regras de segurança, a população poderá fazer denúncias anônimas pelos seguintes canais: 0800-6474222 (Disque-Denúncia), 3410-0245 (Secretaria Municipal de Saúde) e pelo 190 (Polícia Militar).
Ainda quanto à adoção das multas, Izalba adiantou que essa medida será discutida hoje na reunião do Comitê Gestor de Crise, com consulta a membros do Ministério Público Estadual (MPE) que fazem parte do mesmo.
Casos confirmados
Quanto aos casos da doença registrados oficialmente no município, ela citou os dados do Boletim Informativo de ontem (06), que aponta 08 casos confirmados, 71 suspeitos que aguardam por resultados de exames e 07 casos descartados.
Izalba Albuquerque revelou ainda que o município está fechando apoio laboratorial com o Laboratório Hermes Pardini – o maior do gênero no País -, para que os resultados das amostras colhidas de pacientes suspeitos, possam sair em até 07 dias, viabilizando assim, condições de enfrentamento e tratamento mais rápidas.
Rede Comapa
Quanto à interdição ontem, pela Vigilância Sanitária, das oito lojas da rede Comapa de Materiais de Acabamento e Construção, a secretária de Saúde esclareceu que a medida foi tomada diante de seis notificações de contaminação (dois proprietários e quatro funcionários, que trabalham em três lojas), que tiveram contato com outros funcionários.
O Blog Estela Boranga comenta – cuja jornalista não compareceu à coletiva, por motivos de segurança pessoal já que pertence a grupo de risco – gostaria de saber como ficam os clientes que estiveram em tais lojas e mantiveram contato com os funcionários ou proprietários, contaminados?
Também perguntaríamos como está a questão da vacinação contra o H1N1 (gripe Influenza), cuja doses recebidas até agora, do Ministério da Saúde, não cobriram todo o contingente de idosos do município, que pertence ao grupo prioritário e  pela demora em receber a imunização, pode ficar exposto, ainda mais, ao coronavírus?