Major bolsonarista viola ordens do Exército e é preso por desobediência

Oficial, dentre outros crimes, infringiu o o artigo 163 do Código Penal Militar (Arquivo pessoal)

Oficial, entre outros crimes, infringiu o o artigo 163 do Código Penal Militar
(Arquivo pessoal)

O major João Paulo da Costa Araújo Neves, de 41 anos, foi preso por determinação judicial em razão do crime de desobediência. O oficial da ativa se manifestava em suas redes sociais em apoio ao presidente Jair Bolsonaro em desobediência à portaria do Comando do Exército, publicada em 2019.
Também teria desobedecido outras ordens, o que levou o juiz Rodolfo Rosa Talles de Menezes, da Auditoria Militar da 10ª Circunscrição Judiciária, a decretar a prisão preventiva do oficial.
A reportagem apurou que a prisão não teria como razão apenas a desobediência em relação às manifestações político-partidárias, feitas pelo oficial. O major entrou no Exército em 2003.
Além da portaria publicada pelo então comandante do Exército, general Edson Pujol, o regulamento disciplinar do Exército e o Estatuto dos Militares vetam manifestações político-partidárias de militares da ativa, o que foi corroborado também, pela determinação 02/2022, da Procuradoria Geral da Justiça Militar.
Esta é a segunda vez em um ano que a punição de um militar, por suas ligações com o bolsonarismo, se torna pública. A outra vez envolveu um sargento do Exército, que participou de uma live do deputado federal Vitor Hugo (PL-GO), sem autorização de seus comandantes.
O major está preso na sede do 25º Batalhão de Caçadores, em Teresina (PI), desde a semana passada.
Fonte: g1 e Estadão

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