Marcos Valério delata e confirma esquemas em Furnas e no Banco Rural

Valério denuncia esquemas tucanos (Fotos: Brasil 247)

Valério denuncia esquemas tucanos
(Fotos: Brasil 247)

O empresário Marcos Valério entregou, esta semana, ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os anexos de sua delação premiada no processo do mensalão tucano. Cada um dos cerca de 30 anexos de Valério, que é réu no processo, trata de um episódio do esquema de corrupção que teria desviado recursos públicos de empresas estatais mineiras para a reeleição do então governador Eduardo Azeredo (PSDB). O tucano já foi condenado a 20 anos de prisão em primeira instância, mas recorre em liberdade.
Furnas
Em um dos capítulos, Valério também confirma que houve um esquema de corrupção em Furnas, que teria beneficiado tucanos. As irregularidades teriam desviado recursos da subsidiária da Eletrobras, estatal federal com sede no Rio, para irrigar o caixa 2 de candidatos do PSDB, além de contas de partidos aliados.
Denúncias
“As denúncias de corrupção e lavagem de dinheiro em Furnas, já estão sob investigação na Justiça. No Rio de Janeiro, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) e outras seis pessoas, se tornaram réus por conta do esquema. O ex-diretor da empresa Dimas Toledo e outras duas pessoas não foram incluídas,  porque têm mais de 70 anos e, para eles, os crimes já prescreveram.
Além disso, na Lava Jato, um inquérito, sob o comando do ministro Gilmar Mendes, no Supremo Tribunal Federal (STF), traz revelações do ex-senador Delcídio do Amaral. Ele aponta o envolvimento do senador Aécio Neves,no esquema. Alvo da investigação, o tucano nega qualquer relação com possíveis irregularidades em Furnas.
Âmbito nacional
Valério também tem interesse em fazer uma delação em âmbito nacional.
Conforme O Tempo já noticiou, o empresário redige denúncias em que cita 50 autoridades e políticos do Legislativo, do Judiciário e do Executivo com atuações em Minas, Rio, São Paulo e Brasília. A reportagem apurou que essas informações não constam do documento entregue ao MP no último mês. Elas deverão ser repassadas posteriormente ao procurador geral da República, Rodrigo Janot.
No nível nacional, segundo apurou a reportagem, Valério teria documentos que poderiam comprovar irregularidades envolvendo tucanos e alguns aliados. O principal deles é um conjunto de arquivos e extratos bancários que mostrariam o real cenário dos empréstimos feitos no Banco Rural e que teriam sido maquiados antes de serem entregues à CPI dos Correios em 2005, como já disse o ex-senador Delcídio do Amaral. A suposta fraude está em investigação no STF.” (Tâmara Teixeira – O Tempo)
Com Brasil 247/O Tempo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

f