Medeiros pisa feio “na jaca”

(Foto: Senado Federal)

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O senador mato-grossense José Antônio Medeiros (PSD foi alvo de matéria do site Agência Brasil, por seu comportamento – no mínimo – antiético, arrogante e prepotente, demonstrado em determinada altura da audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, para debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, realizada no dia 11 (terça-feira). Aprovada em primeiro turno pela Câmara no dia 10, a proposta limita os gastos públicos à inflação do ano anterior.
Confusão
Medeiros pediu a retirada de plenário de um professor que acompanhava a audiência e havia reclamado de sua interferência à fala da economista Laura Carvalho, professora da Universidade de São Paulo (USP), que citou o jantar oferecido pelo presidente Michel Temer a parlamentares no domingo (09), véspera da votação da proposta na Câmara dos Deputados, a qual acabou sendo aprovada em primeiro turno.
Medeiros entendeu que a economista estava criticando a atitude de Temer e rebateu afirmando que a ex-presidenta Dilma Rousseff também dava jantares. Posteriormente, Laura negou que tenha citado o episódio com intenção de crítica ou como sendo relevante para as discussões sobre a PEC 241.
Reação
O fato de o senador interromper a palestrante, no entanto, provocou reação das pessoas que acompanhavam o debate e, na sequência, Medeiros pediu que o respeitassem por ser senador da República. Nesse momento, Francisco Santiago, professor da Universidade Federal do Amapá, levantou-se e discutiu com o parlamentar, afirmando que o cargo “não lhe dava o direito de gritar”.
“O debate estava ocorrendo normalmente, e o senador interrompeu a palestrante de forma muito pouco educada. As pessoas pediram a ele que deixasse a palestrante falar. Inclusive a senadora Gleisi Hoffmann [PT-PR, presidente da CAE] interveio dizendo que depois a fala seria aberta a ele [senador]. Nesse momento, ele começou a gritar com as pessoas do plenário, e eu me manifestei”, relatou Francisco, que também é presidente do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Amapá.
O senador pediu à segurança do Senado para retirar Francisco do plenário onde se realizava a audiência. De início, o professor pediu para ficar e se sentou. No entanto, após um segundo pedido do parlamentar, Francisco saiu. “Ele pediu para a segurança retirar, e eu falei que não precisava, saí voluntariamente”, afirmou.
Vaiado
Mais à frente no debate, uma outra fala de Medeiros foi vaiada pela assistência, majoritariamente contrária à PEC 241, e Gleisi Hoffmann pediu que não houvesse esse tipo de manifestação. Segundo a senadora, o objetivo da audiência pública foi iniciar uma discussão ampla sobre a proposta no Senado, já que, em sua opinião, não houve debate suficiente na Câmara dos Deputados.
Explicação
Procurado pela Agência Brasil, Medeiros disse que houve tentativa de cercear seu direito à palavra. “O pessoal da assistência vem querer cassar a minha palavra. Eu fiz o contraponto, porque estamos em um debate técnico de uma medida provisória e a palestrante veio falar de jantar no [Palácio da] Alvorada. Todo presidente faz jantar no Alvorada. A presidenta Dilma fez um monte, inclusive para cooptação de votos contra o impeachment”, declarou.
Mais uma
José Medeiros, quando membro da comissão do Impeachment, também cometeu ato similar, quando em uma das sessões, interrompeu a fala do relator, demonstrando certa agressividade.
Por conhecê-lo muito bem, pois é de Rondonópolis, me estranha essas atitudes dele, em razão de que ele sempre teve um comportamento pacífico e amistoso.
O cargo deve estar lhe subindo à cabeça e também as companhias dos colegas de Senado, Aécio Neves e Aloysio Nunes (PSDB), não devem estar lhe fazendo bem.
E é bom que ele reveja esse seu comportamento, já que em 2018 pretende disputar as eleições para deputado federal.
E a “ferveção” nos grupos sociais locais, não foi nada amistosa em relação a essa demonstração de prepotência de sua parte.
Desnecessária, diga-se de passagem!

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