Papa critica católicos “hipócritas”

Papa condenou a vida dupla dos hipócritas (Foto: Reuters)

Papa criticou a vida dupla dos hipócritas
(Foto: Reuters)

O papa Francisco criticou novamente alguns membros da sua própria Igreja nesta quinta-feira, sugerindo que é melhor ser ateu do que um dos “muitos” católicos que levam o que disse ser uma vida dupla e hipócrita.
Em comentários improvisados em sermão de missa privada matinal em sua residência, ele disse: “é um escândalo dizer uma coisa e fazer outra. Isto é uma vida dupla”.
“Existem aqueles que dizem ‘sou muito católico, sempre vou à missa, pertenço a isto e a esta associação”, disse o chefe da Igreja Católica Romana, que tem cerca de 1,2 bilhão de membros, de acordo com transcrição da Rádio Vaticano.
Ele disse que algumas destas pessoas também devem dizer “minha vida não é cristã, eu não pago aos meus funcionários salários apropriados, eu exploro pessoas, eu faço negócios sujos, eu lavo dinheiro, (eu levo) uma vida dupla”.
“Há muitos católicos que são assim e eles causam escândalos”, disse. “Quantas vezes ouvimos pessoas dizerem ‘se esta pessoa é católica, é melhor ser ateu'”.
Desde sua eleição em 2013, Francisco disse frequentemente a católicos, tanto padres quanto membros não ordenados, para praticaram o que a religião prega.
Em seus frequentes sermões improvisados, ele já condenou abuso sexual de crianças por padres como sendo equivalente a uma “missa satânica”, disse que católicos na máfia se excomungam, e disse a seus próprios cardeais para não agirem como se fossem “príncipes”.
Em menos de dois meses após sua eleição, ele disse que os cristãos devem ver ateus como pessoas boas caso eles sejam boas pessoas.
Caso Alberto Luciani

João Paulo I desafiou os poderosos do Vaticano
(Foto: Internet)

Temem os defensores de Francisco I, que ele venha a ter o mesmo fim do Papa João Paulo I (Albino Luciani), morto em 1978, apenas 33 dias após ter sido eleito para a sucessão de Paulo VI, cujo papado apontava para ideias progressistas de renovação da Igreja Católica e contrariava também, os interesses dos poderosos conservadores do Vaticano.  
A brevidade do pontificado de Alberto Luciani e as contradições, erros e imprecisões na versão do Vaticano sobre sua morte, suscitam até hoje especulações a respeito de que teria sido vítima de uma conspiração e que  teria sido envenenado durante a noite.
O Vaticano afirmou à época, que João Paulo I morreu de um ataque cardíaco em sua cama e que a autópsia não foi realizada, devido à oposição de alguns membros de sua família. Por outro lado, a família do falecido Papa, em 1991, revelou que ele não faleceu em sua cama, mas sim em seu escritório e que teria sido feita uma autópsia, além de afirmações de que teria sido vitimado por uma embolia pulmonar como apontavam outros relatórios.
Um dos inúmeros boatos surgidos após a morte de João Paulo I,  diz que seu pontificado entrara em choque com ideias e interesses da Opus Dei – uma instituição hierárquica da Igreja Católica, composta por leigos, casados, solteiros e sacerdotes.
O Papa Francisco, por sua vez, conforme matéria postada no Blog Estela Boranga comenta no último dia 20, tendo por base o texto da BBC Brasil, teria destituído padres, ignorado preocupações de cardeais e determinado investigação sobre  a Ordem de Malta –  um antigo e tradicional grupo católico -,  quanto a recente saída do ex-chanceler da Ordem,  Albrecht Freiherr von Boeselager,o que foi considerado pelo grupo, uma ingerência do Papa.
Com Reuters (Reportagem de Philip Pullella)

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