Petrolíferas estrangeiras já abocanharam 75% do Pré-Sal

Desde o golpe parlamentar de 2016, empresas petrolíferas estrangeiras passaram a se tornar donas em absoluto de uma, senão a mais valiosa, de nossas mais vastas riquezas: o Pré-Sal, suficiente para atender toda a demanda global por cinco anos .
Na sexta-feira da semana passada, mais quatro blocos (fechando 14, leiloados de janeiro até agora) foram leiloados durante a 5ª Rodada de Licitação do Pré-Sal, realizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), e arrematados pela Shell e BP (britânicas); Chevron e ExxonMobil (norte-americanas); CNOOC (China); QPI (Catar) e a Ecopetrol (Colômbia), sobrando para a Petrobras apenas um dos 04 blocos do leilão, na Bacia de Campos, que era o menos disputado.
Segundo o site Carta Campinas, fazendo a equivalência entre os R$ 6,82 bilhões que o governo arrecadou em bônus de assinatura e o valor atual do barril de petróleo, chegaremos a bagatela de R$ 0,34 o preço médio pago por cada barril do Pré-Sal leiloado, com o barril tendo saído praticamente de graça.
Ao todo, 13 multinacionais já se apropriaram de reservas equivalentes a 38,8 bilhões de barris de petróleo, de um total de 51,83 bilhões de barris que foram leiloados, concentrando, juntas, 75% das reservas.
Pelo modelo original do regime de exploração do Pré-Sal, elaborado durante o segundo governo de Dilma Rousef, mas que foi mudado por Michel Temer para beneficiar as petrolíferas estrangeiras, a partilha (70%) – maior parte do óleo e a mais importante – cabia ao Estado brasileiro, ficando a parte menor (30%) para os exploradores de fora.
Diante dessa constatação nefasta para os brasileiros, se tem a plena certeza de que o apoio ao impeachment, foi muito bem pago!
Da Redação com Carta Campinas