PF acha carne podre e cumpre 38 prisões em operação contra frigoríficos

Frigoríficos usavam carne podre (Foto: Ilustração/DR)

Frigoríficos usavam carne podre
(Foto: Ilustração/DR)

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de hoje a Operação Carne Fraca, que investiga uma suposta organização criminosa formada por fiscais agropecuários federais e empresas do agronegócio.
Alguns dos principais frigoríficos do país, como JBS, BRF e Sadia, estão na mira da operação. A Justiça Federal do Paraná determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão.
Cerca de 1.100 policiais federais cumprem 309 mandados, sendo 27 de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas supostamente ligadas ao grupo criminoso.
As ordens judiciais foram expedidas pela 14ª Vara da Justiça Federal de Curitiba e estão sendo cumpridas em São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.
Carnes podres
A investigação da PF revelou que as companhias frigoríficas JBS e BRF – duas das cinco maiores exportadoras do país, reconhecidas como as maiores empresas de carne do mundo, exemplos de sucesso empresariais inegáveis e da pujança econômica do país nas últimas décadas – usavam em suas operações carnes podres com ácido ascórbico para disfarçar o gosto, frango com papelão, pedaços de cabeça e carnes estragadas como recheio de salsichas e linguiças, além de reembalar produtos vencidos.
Segundo a PF, essa é a maior operação já realizada na história da instituição. Em nota, a PF afirma que detectou em quase dois anos de investigação que as Superintendências Regionais do Ministério da Pesca e Agricultura do Estado do Paraná, Minas Gerais e Goiás atuavam para proteger empresas, prejudicado o interesse público.
O esquema funcionava por meio de agentes públicos que se utilizavam do poder de fiscalização para cobrar propina e, em contrapartida, facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização. Dentre as ilegalidades praticadas pela suposta quadrilha está a remoção de agentes públicos com desvio de finalidade para atender interesses dos grupos empresariais.
Nome
O nome “Carne Fraca” da operação faz alusão à conhecida expressão popular em sintonia com a própria qualidade dos alimentos fornecidos ao consumidor, por grandes grupos corporativos do ramo alimentício.
A expressão popular também mostra “a fragilidade moral de agentes públicos federais que deveriam zelar e fiscalizar a qualidade dos alimentos fornecidos a sociedade”, segundo a PF.
Propina
Segundo a PF, o objetivo é desarticular uma organização criminosa liderada por fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, que, com o pagamento de propina, facilitavam a produção de produtos adulterados, emitindo certificados sanitários sem fiscalização.
É necessário também, que os frigoríficos de Mato Grosso sejam alvo de investigações! 
Fonte: Notícias ao Minuto com informações da Folhapress.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

f