Receita Federal na “cola” dos bancos

Leão está de olho nos bancos (iStock)

Leão, finalmente, está de olho nos bancos
(iStock)

Um grupo de trabalho, com 24 auditores, foi criado pela Receita Federal (RF) para, finalmente, acabar com a “mamata” dos bancos em sonegarem impostos, usando recursos de planejamento tributário.
Segundo matéria da Folha de S. Paulo de hoje, a RF suspeita de que a perda com arrecadação, pode ter chegado a 15 bilhões de reais em 2016.
A investigação apura se instituições financeiras (os nomes são sigilosos) usaram recursos como a transferência de carteira de créditos entre empresas do mesmo grupo, para driblar o fisco. Ao vender esse ativo para uma empresa que registrou prejuízo, ou fazer a transferência por um valor menor que o real, por haver dívidas, os bancos conseguiriam reduzir o imposto pago.
Segundo a reportagem, as suspeitas começaram após os tributos recolhidos por essas instituições ser bem menor do que o que a Receita Federal esperava receber, ao considerar os lucros obtidos por elas. As divergências foram identificadas pelos auditores, a partir de 2014, com as diferenças aumentando nos anos seguintes.
A suspeita, é de que as medidas reduziram a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), devido pelas empresas.
De acordo ainda com a reportagem da Folha, apenas nestes dois impostos, o setor financeiro pagou em 2016 R$ 23,9 bilhões e R$ 16,8 bilhões, respectivamente.
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) preferiu não comentar a queda nas receitas de impostos, por não ter monitoramento sobre o caso, justificando apenas que o sistema pode ser afetado por questões individuais de entidades.
Aliado à carga tributária brasileira, o setor bancário é um dos “enforcadilhos” da população, lucrando sempre nas operações, sem correr o risco de amargar eventuais prejuízos.

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