Rondonópolis é deixada para trás

Município comemora seu 66º aniversário

Desinteresse pode prejudicar a cidade (Foto: Internet)
Desinteresse pode prejudicar a cidade
(Foto: Internet)

Enquanto gestores de outros municípios mato-grossenses correm atrás para receberem recursos da multa sobre a repatriação dos ativos brasileiros no exterior, através do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o prefeito de Rondonópolis, Percival Santos Muniz (PPS) parece muitos mais preocupado em inaugurar a nova ponte sobre o rio Vermelho no dia 10 – aniversário do município -, do que encaminhar a viabilização de recursos para seu sucessor.
Repatriação de recursos
É que ontem, o juiz federal Cesar Bearsi deferiu parcialmente o pedido da prefeitura de Nortelândia, que solicitou a inclusão dos recursos da multa sobre a repatriação dos ativos brasileiros no exterior no rateio com o município. O magistrado determinou o bloqueio dos recursos em conta judicial, para garantir a disponibilidade do valor até o julgamento do mérito. Os municípios de Castanheira, Planalto da Serra e Cuiabá também tiveram suas liminares deferidas pela Justiça Federal de Mato Grosso.
As ações foram orientadas através da Coordenadoria Jurídica da Associação Mato-grossense dos Municípios – AMM, que também impetrou uma ação no Tribunal Regional Federal para assegurar os recursos. A recomendação da entidade é que os municípios proponham ações individuais, visando o bloqueio dos recursos.
Estimativa
A estimativa da entidade é que o montante para os municípios de Mato Grosso fique em torno de R$ 226 milhões, sendo R$ 113 milhões referentes às multas. “A matéria inclui no rateio dos recursos com os entes federados, os valores arrecadados a título de multas e juros. Sem estes recursos as prefeituras não terão condições de observar a Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF, por conta da redução de receitas”, explicou.
O juiz Cesar Bearsi optou por acolher a fundamentação da Ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, em relação à Medida Cautelar 2.931, do Distrito Federal. No texto, a ministra ressaltou não haver dúvidas de que a multa moratória prevista na legislação do imposto de renda faz parte do montante a ser distribuído aos Fundos de Participação. A dúvida é sobre a natureza da multa da repatriação, que não foi explicitada pela legislação.
Na fila
Entre os municípios que já recorreram à justiça e aguardam pela concessão de liminares semelhantes estão Arenápolis, Cotriguaçu, Tangará da Serra, Juruena, Nova Olímpia, Alto Garças e Marcelândia. Os recursos são fundamentais para a continuidade dos serviços públicos na esfera municipal, uma vez que a crise financeira tem resultado em quedas nos repasses aos entes federados.
Com Folhamax

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

f