Saia Justa

A senadora mato-grossense, Selma Arruda (Podemos), relatora da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visava regulamentar a prisão após condenação em segunda instância, passou por um “aperto” na sessão da última terça-feira (19), por insistir em pautar a votação que pretendia mudar a cláusula pétrea da Carta Magna.
A magistrada aposentada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) foi “lembrada”por seu colega de Senado e ex-governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD), de que ela estaria enquadrada na medida, caso a PEC passasse.
Aziz foi taxativo: “Não sei por que esta sua pressa, toda. A senhora, é uma senadora cassada no seu Estado. E se esta PEC estivesse em vigência, a senhora possivelmente não estaria aqui agora”, fazendo alusão à cassação sofrida por ela em abril deste ano, por unanimidade, pelo Pleno do TRE/MT, por abuso de poder econômico e caixa 2, durante a campanha, da qual recorreu ao TSE, através de recurso de terceira instância.
A PEC foi deixada de lado e a proposta foi substituída por projeto de lei – de tramitação mais rápida – que trata do assunto e que foi apresentado, no ano passado, pelo senador Lasier Martins, do Podemos do Rio Grande do Sul.
É senadora, como diz o ditado: “A rapadura é doce, mas é dura!”.