Senadores do PMDB assinam carta contra sanção da terceirização

Renan e colegas, alertam Temer (Foto: Senado Federal)

Renan e colegas, alertam Temer
(Foto: Senado Federal)

Coordenados pelo líder da bancada, Renan Calheiros (PMDB-AL), nove senadores do PMDB assinaram na segunda-feira, uma carta que recomenda que Michel Temer não sancione a lei de terceirização, como aprovada pela Câmara na semana passada. Os senadores representam 41% da bancada do partido no Senado.
“Nós recomendamos que, por enquanto, ele não sancione essa lei, porque vai assumir a responsabilidade definitiva do agravamento do desemprego, da precarização das relações do trabalho e, pior, da queda na arrecadação e do aumento de impostos, que são consequências diretas”, afirmou Renan Calheiros.
Renan defendeu que a proposta aprovada na Câmara vai precarizar e retroceder as relações de trabalho e atropelar as conquistas que foram feitas ao longo dos anos. “Da forma como está, a terceirização será o ‘boia-fria.com'”, ironizou.
A carta assinada pelos senadores defende a regulamentação da terceirização já existente, mas se posiciona contrariamente à terceirização irrestrita, ou seja, da atividade-fim. O texto diz ainda que a lei prejudica a perspectiva de aprovação da Reforma da Previdência.
Assinaturas
Os peemedebistas que assinaram a carta foram Marta Suplicy (SP), Kátia Abreu (TO), Eduardo Braga (AM), Elmano Férrer (PI), Rose de Freitas (ES), Hélio José (DF), Renan Calheiros (AL), Waldemir Moka (MS) e Simone Tebet (MS), que escreveu que concorda com o conteúdo, mas fez ressalva a forma do texto. Renan argumentou ainda que a bancada não estava completa na reunião e que esses senadores representam a maioria dos presentes.
Reforma da Previdência
Quanto à reforma da Previdência, Renan fez críticas ao projeto do governo. “Essa reforma da Previdência é muito exagerada e muito ruim, do ponto de vista federativo. Ela esmaga algumas regiões, trata igual o desigual”, disse.
Segundo o senador, a lei não é sensível para as diferenças regionais da força de trabalho. Ele pondera, por exemplo, que a elevação da idade mínima de aposentadoria no Nordeste, onde existem mais trabalhadores manuais e rurais, é desigual. “Vai morrer, sem se aposentar”, disse.
Temer não deve estar “ligando coisa com coisa”, já que está no “fio da navalha”, sabendo que o TSE pode acionar a “guilhotina” e tirá-lo do cargo, na semana que vem.
Por outro lado, os congressistas sabem que os brasileiros estão de olho nas votações de agora, cujos resultados terão pesados reflexos nas eleições do ano que vem! 
Com informações Estadão

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