Temer quer entregar mina de ouro gigante ao capital estrangeiro

Usando do cargo para se livrar de apertos (Foto: Pragmatismo Político)

Entregando o Brasil
(Foto: Pragmatismo Político)

Em mais um golpe grave, segundo  o Valor Econômico de ontem, o governo Michel Temer se prepara para conceder à iniciativa privada – leia-se, ao capital estrangeiro – uma imensa área da Amazônia rica em ouro, onde a mineração está proibida há mais de 30 anos. Diz o jornal, que uma portaria publicada na edição de sexta-feira (7) do Diário Oficial da União (DOU), o Ministério das Minas e Energia abriu caminho para a extinção da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca) criada em 1984, ainda na ditadura militar”.
Potencial
A portaria, diz que “que a extinção da RENCA, viabilizará o acesso ao potencial mineral existente na Região e estimulará o desenvolvimento econômico dos Estados envolvidos”, mas, na prática, abre caminho para a devastação de 46 mil quilômetros quadrados de floresta.
Para que você tenha ideia do que isso representa, é quase que a soma de todo o território dos estados de Sergipe e Alagoas, somados.
Reservas minerais
A área, situada em parte do Pará e em parte no Amapá, é praticamente toda coberta de mata e habitada por indígenas.
Relatórios dos anos 80 relataram, além da existência de ouro em grande escala, também importantes reservas de titânio e de fosfato.
O próprio vendilhão da pátria, que foi indicado por um deputado do PMDB (com campanha financiada pelas mineradoras) para dirigir o Departamento Nacional de Produção Mineral, Vitor Bicca, diz que as proporções da área em recursos auríferos são semelhantes às de Carajás.
Passamos anos discutindo o alagamento de 516 km², para que a usina de Belo Monte produzisse energia para toda a coletividade. Agora, ninguém dá uma linha para a potencial destruição de uma área 82 vezes maior para produzir riqueza para algumas grandes empresas.
Tudo vai indo assim, na surdina.
Negócio da China, é o Brasil do golpe.
Típico de Michel Temer!
Por Fernando Britto/ Tijolaço

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