União cobra senadores caloteiros

Barbalho é o maior devedor (O Impacto)

Barbalho é o maior devedor
(O Impacto)

Segundo levantamento do jornal O Estado de São Paulo, pelo menos 12 dos 54 senadores eleitos ou reeleitos devem, juntos, cerca de R$ 65 milhões à União, seja como pessoas físicas ou jurídicas.
Eles estão inscritos na dívida ativa da União por pendências previdenciárias e outros tipos de tributos não quitados, conforme dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). levantados pelo jornal O Estado de S. Paulo, os parlamentares estão inscritos na dívida ativa por pendências previdenciárias e outros tipos de tributo não pagos
Jader Barbalho (MDB/PA), de 73 anos, que está há décadas na política e foi reeleito no dia 07 último, aparece com o maior volume de dívidas contraídas em nome de pessoa jurídica. Três empresas do parlamentar — uma do ramo de agronegócio e duas da área de comunicação — somam R$ 57,7 milhões em débitos.
O parlamentar paraense foi um dos que recorreram ao Refis, programa de refinanciamento de dívidas aprovado neste ano pelo Congresso. Com um patrimônio avaliado em R$ 13,1 milhões, ele tem ainda registrado em seu nome na Procuradoria da Fazenda, um débito de R$ 18,5 mil.
Como pessoa física, o maior devedor é Oriovisto Guimarães, do Podemos, que estreará no Senado após ter votação surpreendente e ficar na primeira colocação no Paraná.
Empresário com patrimônio declarado de mais de R$ 239 milhões, o novo senador deve R$ 5,5 milhões. Pelos dados da Justiça Eleitoral, o candidato injetou R$ 3,25 milhões na própria campanha e doou R$ 1,75 milhão ao presidenciável Álvaro Dias, do seu partido. Somados, os valores são próximos ao débito que ele tem com a União.
Assim como Guimarães, outros recém-eleitos declararam ter patrimônio muito acima de suas dívidas junto à União. Irajá Abreu (PSD), filho da senadora e ex-candidata a vice-presidente Kátia Abreu, é o senador mais novo da história. Ele aparece com dívida pessoal de R$ 40,6 mil com a União, tendo declarado um patrimônio de mais de R$ 5 milhões. Na lista de bens, disponível no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), constam cinco veículos que, juntos, custam quase R$ 330 mil. O mais caro é um Toyota SW4 SRV modelo 2018, no valor de R$ 135 mil.
O jornalista Jorge Kajuru (PRP) foi eleito por Goiás dizendo ter apenas R$ 95 mil em bens. No entanto, ele está inscrito na dívida ativa com mais de R$ 700 mil em pendências tributárias – R$ 444,7 mil em nome da empresa K Produções Artísticas Ltda e R$ 276,6 mil no próprio nome.
Justiça trabalhista
Além de dívidas com a União, alguns dos novos senadores também são alvo de ações na Justiça do Trabalho. Consultas no TST (Tribunal Superior do Trabalho) indicam 13 processos. Só Eduardo Girão, eleito pelo PROS em Minas Gerais, responde a cinco ações por meio de companhias dos ramos de segurança e distribuição. Os processos tramitam no Tribunal Regional do Trabalho da 3.ª Região (TRT-3), em Minas.
Os processos são referentes, na maioria das vezes, a ex-empregados que alegam falta de pagamento de verbas de rescisão ou depósitos previdenciários por empresas em que os senadores têm participação societária. Veneziano, senador eleito pelo PSB da Paraíba, por exemplo, é réu em processo no Tribunal Regional do Trabalho da 13.ª Região, na Paraíba, de quando era prefeito de Campina Grande, em 2007.
Com R7/AE

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