“Dedo na ferida”

Blairo rebateu críticas de Jayme (Mídia News)

Blairo rebateu críticas de Jayme ao agronegócio
(Mídia News)

Jayme Campos (DEM), eleito um dos dois senadores por Mato Grosso com 483.511 votos, foi rebatido de imediato hoje, pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP), acionista majoritário da empresa Amaggi Exportação e Importação Ltda – um dos maiores conglomerados agropecuários do mundo, por ter, durante entrevista na manhã de hoje ao programa “A Notícia de Frente” da TV Vila Real,  feito duras críticas ao setor do agronegócio em Mato Grosso e defendido a taxação, pelo governador eleito Mauro Mendes, aos produtores de soja, milho e algodão.
Enfatizando que Mauro Mendes precisará ser “corajoso” para não se tornar refém dos “barões do agronegócio” e para cobrar impostos, Jayme Campos destacou que “99% da produção de soja eles alegam que vão para exportação, mas sabemos que boa parte disso fica no mercado interno. E não é só essa atividade, existem outras que fazem do mesmo jeito e não pagam quase nada”, acrescentando que o setor produtivo mato-grossense constrói grandes riquezas e não contribui com a arrecadação do Estado, por conta da Lei Kandir que isenta os produtos exportados. “E eu pergunto qual a participação desse setor na receita do Estado? Eles não pagam coisíssima alguma. E tem que cobrar, não tem muita saída para MT. O setor do algodão, a margem de lucro aqui em R$ 15 mil por hectare de produção. Não pagam nada. A lei Kandir favorece o setor. Estão livres de pagarem ICMS, PIS, Confins. Sou favorável que paguem e se depender de Jayme Campos (DEM), serão taxados”.
Resposta
Imediatamente, Blairo Maggi se pronunciou, respondendo que a cobrança de ICMS pelo Estado, já que a Lei Kandir exonera os produtos exportados, diminuiria a produção de soja, milho e algodão. “Eu não tenho dúvida nenhuma disso, que a cobrança de impostos nesse setor vai retirar muita gente da produção, principalmente de regiões distantes”, disse o ministro, afirmando que a Lei Kandir, que é uma norma federal, segue os padrões mundiais, já que em “nenhum lugar do mundo se exporta impostos”. “Quer dizer, nós estamos dentro de uma regra que é para todo o mundo. E principalmente o Estado de Mato Grosso porque a gente fica muito distante dos Portos”, assinalou.
Da Redação com Gazeta Digital

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