Advogados do suposto “assassino do farol alto” recorrem ao STF

Acusado e o momento do crime (Reprodução)

Acusado e o momento do crime
(Reprodução)

Por mais absurdo que possa parecer, a interpretação das leis brasileiras tanto pode causar alívio ou apreensão nas famílias de vítimas, como servir de esperança para que prováveis assassinos escapem ou protelem a culpabilidade de seus atos.
Parece ser o que acontece no caso envolvendo o jovem Maruan Fernandes Haidar Ahmed (com 19 anos, à época), acusado de matar Fábio Batista da Silva (41), por motivo fútil em uma loja de conveniência na noite de 18 de novembro de 2018, na Avenida Lions Internacional em Rondonópolis, cujos advogados entraram com recurso, esta semana, no Supremo Tribunal Federal (STF), no intuito de ter revogada a prisão preventiva de seu cliente.
O caso
Segundo o apurado, naquela noite a vítima estava na conveniência de um posto de combustíveis do bairro Vila Aurora lanchando com a família, quando Maruan teria invadido e estacionado na calçada a picape Amarok que dirigia, permanecendo com os faróis altos ligados, incomodando os clientes das mesas próximas.
Após a vítima ter ido até ele reclamar da luz alta da Amarok, ao tentar retornar para a mesa que ocupava teria sido alvejada pelas costas por disparos de arma de fogo, como mostrou o vídeo (assista no final da matéria) do circuito de segurança do estabelecimento, que circulou nas redes sociais.
Foragido
Após cometer o crime, o acusado permaneceu foragido por mais de um ano, tendo postado nesse meio tempo, fotos em que aparecia em um barco em Balneário Camboriú (SC), mas que seriam fake para despistar a polícia, quanto ao seu paradeiro.
Maruan se entregou à polícia no dia 03 de dezembro de 2019, mas passou a responder ao processo em liberdade, após seus advogados terem conseguido um habeas corpus impetrado na 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que reconheceu o pedido dos defensores, baseado em laudos periciais que apontavam que as digitais em uma garrafa de água e no volante da caminhonete Amarok, não coincidiam com as de seu cliente.
Para responder em liberdade, o acusado se comprometeu a cumprir medidas cautelares como entregar o passaporte à Justiça, usar tornozeleira eletrônica, se recolher em casa no período noturno e não manter contato com pessoas relacionadas ao processo.
Entretanto, foi preso no começo de fevereiro deste ano, por não ter comparecido em uma audiência realizada no Fórum de Rondonópolis, conforme mandado de prisão decretado pelo juiz Wagner Plaza Machado, da 1ª Vara Criminal.
(Vídeo: Marreta Urgente)

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