Agronegócio em pânico

Maggi continua réu no processo (Mídia News)

BM mostra-se preocupado com os rumos que o País está tomando 
(Mídia News)

O agronegócio brasileiro – que contribuiu de forma expressiva e foi de fundamental importância para a eleição de Jair Bolsonaro  (PSL) a presidente – está de “cabelo em pé” com o discurso “agressivo” do ex-capitão do Exército em relação à área ambiental brasileira, que está fazendo com que a relação do Brasil com o mercado internacional, volte à estaca zero, como bem destacou o ministro da Agricultura do governo de Michel Temer (MDB), maior produtor mundial de soja e hoje ex-senador Blairo Maggi (PP), em entrevista, ontem, ao Valor Econômico.
Sob a ótica de Blairo, esse comportamento  de Bolsonaro é combustível suficiente para cancelar o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Européia. “O governo não fez nenhuma mudança aqui internamente, não facilitou a vida de ninguém. No entanto, estamos pagando um preço muito alto. Acho que teremos problemas sérios. Não tem essa que o mundo precisa do Brasil. Talvez precisem dos agricultores brasileiros em outros países, mas somos apenas um player e, pior, substituível. O mundo depende de nós agora, mas daqui a pouco isso se inverte e ficamos chupando dedo”, ressaltou.
Na continuidade, Blairo assinala que o Brasil vinha fazendo grande esforço para alcançar os parâmetros de preservação ambiental com produção, o que garantiu a confiança do mercado. Mas que o discurso de Bolsonaro e seu staff, já fez o país voltar à estaca zero. “O Brasil tinha subido no muro e passado a perna, para descer do outro lado. Agora, fomos empurrados de volta e para longe do muro, minimizando suas palavras dizendo que suas colocações não são para ser entendidas como crítica feroz, mas sim como um alerta.
Durante sua gestão no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi viabilizou o aumento das exportações do Brasil junto a mercados importantes para a venda da produção agrícola e de carnes, como  o da China e dos países árabes, contra os quais tão logo de sua posse, Bolsonaro abriu fogo, numa clara sabujice ao presidente americano Donald Trump e ao primeiro-ministro Israelense Benjamin Netanyahu, deixando os agropecuaristas em sobressalto.
Mercosul
Não bastasse isso, ontem o ministro da Economia, Paulo Guedes – o Posto Ipiranga de Bolsonaro – afirmou que, se o peronista Alberto Fernández, que tem a ex-presidente Cristina e Kirchner como vice, vencer as eleições na Argentina e quiser fechar o Mercosul – atrapalhando o acordo com a União Europeia –, o Brasil sairá do bloco comercial da América Latina.
A continuar esse desgoverno que ajudou a eleger, creio que ao invés de um dedo só, o agronegócio brasileiro vai é ficar chupando a mão toda e não só um dedo, como disse Blairo Maggi.

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