Desmontado esquema de desvio de R$ 30 milhões do BB em MT

Policiais cumprem mandados desde hoje cedo (Divulgação)

Policiais cumprem mandados desde hoje cedo
(Divulgação)

A Polícia Judiciária Civil do Distrito Federal (PJC/DF) deu início, na manhã de hoje (9), a uma megaoperação em Mato Grosso, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e no DF, visando para prender 17 suspeitos de desviar quase R$ 30 milhões do Banco do Brasil (BB) entre 2017 e 2018. Além dos mandados de prisão temporária aos 17 envolvidos, a PF cumpre também 28 mandados de busca e apreensão.
Modus operandi
Entre os alvos da operação denominada de Crédito Viciado, estão dois ex-funcionários do BB e empresários de 11 empresas terceirizadas, que tinham contrato com a instituição financeira para cobrar dívidas de clientes.
O método utilizado pela quadrilha, segundo a Polícia Civil, era o de quando o cliente do banco quitava a dívida após contato com a terceirizada, era paga uma comissão, automaticamente, pelo Banco do Brasil.
Entretanto, em alguns casos o sistema apresentava inconsistência – uma espécie de erro técnico – e o pagamento tinha que ser feito manualmente por um servidor. Assim, o banco pagava um valor a mais para a prestadora de serviços e “recebia de volta, um valor de propina”, apontou a investigação.
O esquema criminoso beneficiou um dos responsáveis por esse tipo de pagamento, à época, com R$ 4 milhões em créditos, ao longo de dois anos, o qual foi demitido pelo próprio banco em janeiro. Um outro funcionário, igualmente exonerado, também teria recebido R$ 900 mil em sua conta.
Operação conjunta
A operação é feita pela Coordenação de Combate ao Crime Organizado (Cecor) e envolve 140 agentes da unidade e de outras delegacias no país. Foi o Banco do Brasil quem denunciou o esquema para a polícia após uma auditoria interna que descobriu o rombo.
Com a investigação, a Justiça autorizou o bloqueio de R$ 16 milhões das contas dos suspeitos. A prisão é temporária e vale por cinco dias. O grupo vai responder pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Da Redação com G1

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